Um dos principais aliados do senador
Armando Monteiro (PTB), o deputado federal Sílvio Costa (PSC) alfinetou
os socialistas ao afirmar que o resultado da pesquisa do Instituto de
Pesquisa Maurício de Nassau, divulgado na última segunda-feira (14),
deixou o grupo “desanimado”. De acordo com o levantamento, Eduardo
Campos teve 38% das intenções de voto. Dilma aparece logo depois, com
35%. A situação é de empate técnico entre os dois.
Sob a ótica do deputado, havia um
otimismo grande dentro do PSB que Eduardo teria mais de 60% das
intenções de voto para presidência da República. A divulgação, para ele,
caiu como banho de água fria na Frente Popular.
Político da base aliada de Eduardo
Campos até o ano passado, Sílvio Costa, em entrevista por telefone,
elencou três cenários para o desempenho de Campos rumo à presidência.
Para o parlamentar, o empate técnico é sinal de que “o pernambucano não
está concordando com a candidatura do ex-governador”.
Outro ponto negativo para Campos,
segundo o deputado, é a dificuldade para conseguir transformar a boa
avaliação como governador em intenções de votos. O terceiro critério
elencado pelo aliado de Armando é o sentimento de gratidão a Lula e
Dilma alimentado pelo eleitor do Estado.
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>> Em situação de empate técnico, Eduardo Campos tem 38% e Dilma 35% na primeira pesquisa da Nassau
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“Eduardo está em campanha há dois anos,
desde a vitória de Geraldo Julio para prefeito do Recife. Eu acho que
eles [os socialistas] não ficaram contentes”, alfinetou o deputado. “Em
Minas Gerais, por exemplo, as pesquisas deram Aécio com 60% de
aprovação. Então, aqui, Eduardo realmente acreditou que teria 60%, pelo
menos”, comentou. “Isso mostra a força do PT em Pernambuco”, disse o
deputado, que questionou o “silêncio” dos socialistas com a divulgação
do resultado.
Em 2010, quando foi apoiada por Eduardo
Campos, Dilma alcançou 61% dos votos pernambucanos no primeiro turno –
vantagem que, com a dupla em lados opostos, fica claramente ameaçada
neste ano.
Ao todo, 2.448 pessoas residentes em
Pernambuco foram consultadas. O número de entrevistas foi estabelecido
com base em uma amostragem aleatória simples com nível estimado de 95%
de confiança e uma margem de erro estimada em dois pontos percentuais,
para mais ou para menos.
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