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A
presidente Dilma Rousseff, em pronunciamento na noite desta
quarta-feira (2), manifestou sua indignação com a abertura do processo
de impeachment contra ela pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e ressaltou que não há nenhuma suspeita de ato ilícito
cometido por ela. A mandatária reforçou ainda que não houve barganha de
votos da base governista no Conselho de Ética sobre processo contra o
presidente da Câmara.
Mais cedo,
após a bancada do PT anunciar que é favorável ao prosseguimento do
processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara, o
presidente da Casa anunciou que aceita o pedido de abertura do processo
de impeachment contra Dilma.
“No dia de
hoje, vocês viram, foi aprovado pelo Congresso Nacional o Projeto de
Lei que atualiza a meta fiscal, permitindo a continuidade dos serviços
públicos fundamentais para todos os brasileiros. Ainda hoje, eu recebi
com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de
processar pedido de impeachment contra mandado democraticamente
conferido a mim pelo pelo povo brasileiro”, destacou Dilma Rousseff.
“São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam este
pedido.”
Dilma
também aproveitou para reforçar que não existe qualquer denúncia de ato
ilícito que envolva seu nome. “Não existe nenhum ato ilícito praticado
por mim; não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro
público”, disse, completando que não tem conta no exterior e que nunca
coagiu instituições ou pessoas para “satisfazer” seus interesses.
“Meu passado e meu presente atestam minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública.”
Ganhou
destaque no pronunciamento também as notícias que vinham circulando
sobre uma suposta barganha de votos da base governista no Conselho de
Ética da Câmara dos Deputados, em relação ao processo contra Eduardo
Cunha.
“Eu jamais aceitaria ou concordaria com qualquer pedido de barganha”, atestou Dilma Rousseff.
“Tenho
convicção e absoluta tranquilidade quanto a improcedência desse pedido
bem como quanto ao seu justo arquivamento”, declarou Dilma sobre o
pedido de impeachment. “Não podemos deixar as conveniências
indefensáveis e os interesses abalarem a democracia e a estabilidade de
nosso país.”
Fonte: Jornal do Brasil
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