Brasília – O senador Armando Monteiro
(PTB) voltou a defender a implementação de uma nova política nacional de
desenvolvimento regional para enfrentar a convivência do Semiárido
nordestino com os períodos de estiagem prolongada, bem como de pós-seca.
Armando participou de uma audiência
pública nesta quarta-feira (20), na Comissão de Desenvolvimento Regional
e Turismo (CDR), onde o tema foi discutido com especialistas e
representantes de organismos governamentais dedicados a ações e estudos
de alternativas que minimizem os efeitos da seca. Apenas em 2013,
estimativas apontam que mais de um milhão de bovinos morreram de fome e
sede, numa das mais severas estiagens dos últimos 50 anos, na região.
“Creio que nosso grande desafio é
repensar as bases de uma nova política nacional de desenvolvimento
regional, identificar qual é o papel dos incentivos empresariais, o que é
que significa a infraestrutura, o investimento em capital humano, a
pesquisa, o desenvolvimento tecnológico, por exemplo. Creio que esse
seja o grande desafio, embora reconhecendo o esforço que esses
instrumentos e órgãos promovem”, disse, numa referência à Sudene,
Codevasf e Dnocs, a quem cabem as ações nessa área.
No entendimento de Armando, embora
exerçam papel preponderante, estes órgãos também dão sinais de
esgotamento, de perda da capacidade de produzir com suas ações mudanças
mais efetivas. Segundo ele, isso se deve à falta de articulação, de uma
coordenação na utilização dos instrumentos disponíveis.
Para o senador, a Comissão de
Desenvolvimento Regional tem papel importante na condução dessa questão,
que é o de ajudar na reconceituação de uma nova política nacional de
desenvolvimento regional. “Sem isso ficaremos nos debatendo em meio a
disfunções e a uma perigosa desarticulação que poderá, em última
instância, desprestigiar a ação desses instrumentos”, salientou Armando.
Crédito da foto: Ana Luisa Souza/divulgação