sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Coluna da sexta-feira


A que ponto chegamos!
A intenção pode até ter sido das melhores, mas não “colou” a tentativa do governador Eduardo Campos (PSB) de tentar elevar aos melhores patamares o ensino público estadual utilizando-se das instalações de uma faculdade particular. Minutos após a divulgação do vídeo, onde o gestor é visto enaltecendo o sistema educacional pernambucano, usuários de redes sociais questionavam a credibilidade do discurso do governador e a absurda decisão da sua equipe de publicidade de levar alunos da rede pública para as salas de aula de uma das mais conhecidas – e caras – instituições de ensino privado de Pernambuco.
Em entrevista à Agência Estado, o governador atribuiu à legislação brasileira a opção por usar as instalações de uma unidade de ensino particular para falar sobre a educação pública. O “excesso de zelo” alegado pelo dirigente dos socialistas foi preciso, segundo ele, porque, para realizar filmagens em prédios públicos, é preciso “fazer um requerimento e tramitar o requerimento” e, por causa da burocracia, não haveria “tempo hábil” para providenciar a documentação exigida.
Seria este, então, mais um caso onde o que é ético entra em confronto direto com o que é permitido por lei? Aliás, prática corriqueira dentro do Partido Socialista Brasileiro. Vide, como exemplo, o polêmico caso das aposentadorias do presidente da Câmara de Vereadores do Recife, Vicente André Gomes.
A realidade é que a equipe de Eduardo Campos precisa acordar caso o governador decida encarar a disputa pelo Palácio do Planalto no ano que vem. Atualmente, após a veiculação de uma possível candidatura contra a presidente Dilma Rousseff (PT), reforçada pela debandada dos socialistas da base aliada do Governo Federal, a imprensa nacional designou correspondentes fixos para cobrir todo e qualquer passo do gestor pernambucano.
Um deslize como o ocorrido, ainda que permitido por lei, envergonhou nacionalmente a população pernambucana. Entre os termos usados pela grande mídia para noticiar o fato, “vexame” foi o mais citado pela oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Acorda, Governo de Pernambuco... acorda!
Amigos, amigos, atenção à parte - Casou polêmica a declaração do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Romário Dias, que, pouco depois de oficializar sua filiação ao Partido Trabalhista Brasileiro, teceu duras críticas à falta de comunicabilidade do secretário da Casa Civil de Pernambuco, Tadeu Alencar, um dos grandes aliados do governador Eduardo Campos (PSB). O caldo engrossou após a veiculação do rumor de um possível retorno do ex-deputado à Alepe. “O que esse senhor já fez por Pernambuco?”, questionou um leitor.
Uma questão de respeito - A Prefeitura do Recife enviou, ontem (3), à Câmara de Vereadores, em caráter de urgência, um projeto de lei que garante benefício no valor de R$ 480 para professores da rede municipal de ensino utilizarem na compra de obras na Bienal do Livro. A proposta segue na contramão do que decidiu a Secretaria de Educação de Pernambuco, que se aproveitou de uma suposta “insegurança jurídica” na realização do evento para cortar o bônus dos docentes.
Retaliação - Um aliado do senador Armando Monteiro Neto (PTB) confessou que a executiva estadual da sigla irá se reunir, na semana que vem, para decidir se entrega ou não os cargos que a legenda ocupa no Governo de Pernambuco. De acordo com o trabalhista, é grande a insatisfação no partido para com o governador Eduardo Campos (PSB), que, até o momento, não declarou apoio à candidatura do senador ao Palácio do Campo das Princesas. “Isto [a entrega dos cargos] vai depender do saldo das novas filiações. Vamos analisar o cenário eleitoral e decidir sobre o assunto”, disse a fonte.
Pauta do dia - O Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, declarar inconstitucional o Artigo 25 da Lei das Contravenções Penais que previa pena de prisão de dois meses a um ano para condenados que portassem chaves falsas e/ou alteradas, além de multa de trezentos mil réis a três contos de réis. Os ministros entenderam que a lei não recepcionada pela Constituição Federal de 1988.
CURTAS
Mudança - O deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) lamentou o alto número de medidas provisórias enviadas pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional e aproveitou para se declarar a favor da participação popular no sentido de se obter “uma nova visão da matéria”. “Tem que abrir essa discussão para o público, respeitando prazos e limites”, disse o parlamentar.
Inconformados - Em contato com o blog, moradores de Floresta questionaram a credibilidade do Ministério Público Eleitoral, que, segundo os relatos, faz vista grossa para as denúncias contra a prefeita Rorró Maniçoba (PSB), acusada pela coligação “Agora é o povo que vai vencer” de abuso do poder político e autoridade, atos supostamente praticados nas eleições do ano passado.
Perguntar não ofende: De quem partiu a brilhante ideia de utilizar as instalações da Maurício de Nassau para falar sobre o ensino público de Pernambuco?

Fonte: Magno Martins 

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