Sem mandato e sem pretensão de disputar
as eleições de 2014, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem
elevando o tom de suas declarações para promover a presidente Dilma
Rousseff, candidata à reeleição, e o ministro Alexandre Padilha, seu
escolhido para disputar o governo de São Paulo pelo PT.
O petista já disse que pretende
substituir a presidente em comícios e, em São Paulo, trocou as
afirmações sobre a importância de vencer pela primeira vez o PSDB no
Estado por pedidos de votos.
Em dois discursos recentes em prol do
ministro da Saúde, arrancou risos da militância ao declarar que não
poderia falar sobre a candidatura porque estaria cansado de multas da
Justiça Eleitoral.
“Cada vez que faço um discurso falando
de campanha, me multam em R$ 5.000. Portanto, Padilha, não vou falar em
seu nome”, disse Lula no último dia 29. Em seguida, arrematou: “Por
isso, quero terminar dizendo a vocês, sem ter falado de eleição, que nós
precisamos eleger o Padilha para ele ajudar a Dilma”.
A propaganda eleitoral só será permitida
a partir do dia 5 de julho do ano que vem, e a divulgação antecipada é
punida com multas de R$ 5.000 a R$ 25 mil.
Atualmente, tramitam no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) três representações de que Lula foi alvo, depois de
deixar a Presidência, por promover aliados antes da hora.
Em 2012, ele recebeu duas multas de R$
5.000 cada uma por declarações ao lado de Fernando Haddad (PT), que
disputaria a Prefeitura de São Paulo, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes
(PMDB), que foi reeleito. Lula recorre das duas penas, ainda não
executadas, no TSE.
O Ministério Público Eleitoral também
pediu que ele fosse punido porque o PT teria usado inserções na TV, em
abril e maio, para propaganda eleitoral antecipada de Dilma -Lula
estrelava os filmes com a sucessora.
O vice-procurador-geral eleitoral,
Eugênio Aragão, considerou improcedente a representação, por entender
que a divulgação é parte do discurso político. ( Folha de São Paulo).
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